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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011


ADONIRAN BARBOSA

DE VALINHOS PARA O MUNDO.



Introdução.

Depois de Falarmos desse ilustre sambista de nossa historia que foi o mestre Noel Rosa, na onda dos centenários que foram comemorados no ano passado nesse post irei escrever e contar um pouco sobre esse gênio do samba paulistano, o mestre Adoniran Barbosa.

Com suas canções provocativas e bem humoradas Adoniran Barbosa contagiou o povo paulista com seu gingado e malandragem.

A Historia.

Adoniran Barbosa nasceu João Rubinato no dia 06 de agosto de 1912 na cidade de Valinhos interior de São Paulo, filho de Imigrantes Italianos vindos da Localidade de Cavárzere província de Veneza.

Um fato interessante foi que aos 10 anos de idade sua certidão de nascimento ou batistério como ele mesmo dizia foi adulterada para o ano de 1910, possibilitando assim que ele pudesse trabalhar de forma legalizada, pois na época a idade mínima para o trabalho era de 12 anos.

Abandonou a escola cedo pois ele não tinha muito gosto pelos estudos, Adoniran tinha mais sete irmãos e a necessidade dele trabalhar era muita para que pudesse ajudar a sustentar sua família que era numerosa.

Os Rubinato viviam mudando de cidade, saíram de Valinhos e foram para o município de Jundiaí (Minha Terra Natal) logo após um tempo se mudaram para Santo André e por fim se estabeleceram em São Paulo, é ai que a vida de Adoniran começa a mudar.

Em Jundiaí Adoniran conhece seu primeiro oficio, como entregador de marmitas, aos 14 anos ele vivia rodando pela cidade e como sempre malandro surrupiava alguns bolinhos dar marmitas que entregava pelo caminho.

Trabalhou como metalúrgico e em uma empresa de tecidos das 04 da tarde as 08 da noite para ganhar 400 réis por hora.

Adoniran não gostava de trabalhar e vivia fugindo dos empregos.

Em Santo André foi Pintor, encanador, mascate vendedor de meias.

E pelos caminhos vivia compondo seus sambas, dizia ele que em seus tempos vago ele sempre reservava seu tempo para suas composições.

Adoniran tem um vasto aprendizado em sua vida num arco que vai de marmiteiro às frustações causadas pela rejeição de seu talento.

Ele queria ser artista e escolhe a carreira de ator e procura de varias maneiras fazer seu sonho se tornar realidade e brilhar nos palcos da vida.

Tenta, antes do advento do rádio, o palco mais é sempre rejeitado. Sem padrinhos e sem instrução adequada, o ingresso nos teatros como ator lhe é para sempre abortado. O samba, no início da carreira, tem para ele caráter acidental. Escolado pela vida, sabia que o estrelato e o bom sucesso econômico só seriam alcançados na veiculação de seu nome na caixa de ressonância popular que era o rádio.

Mais Adoniran não obteve êxito em sua carreira de ator, tentou ser locutor mais como de costume as portas se fecharam para o menino.

Não teve jeito seu talento era mesmo para musica, mas não foi muito fácil como ele pensava em uma de suas audições se apresentou com um samba de Noel Rosa – Filosofia não agradando muitos, mais entre os auditores ele consegui conquistar um que o fez a proposta para compor uma marchinha para o carnaval nupcial da Prefeitura de São Paulo, ganhou um cheque de 500 cruzeiros, ele pegou esse cheque e foi com mais vinte amigos aclamando seu sucesso e foram comemorar e acabou gastando todo seu dinheiro com uma noitada de bebedeira, como Adoniran mesmo disse ele tinha uma encomenda de um paletó que iria comprar com esse dinheiro que havia ganho mais nunca foi busca-lo pois havia gastado tudo, Adoniran mesmo disse que a marchinha que fez em 1934 para o carnaval da Prefeitura era uma porcaria mas ganhou o primeiro premio.


Adoniran ( No Rádio)


A vida profissional de Adoniran Barbosa se desenvolve a partir das interpretações de outros compositores. Embora a composição não o atraia muito, a primeira a ser gravada é Dona Boa, na voz de Raul Torres. Depois grava em disco Agora pode chorar que não faz sucesso algum. Aos poucos se entrega ao papel de ator radiofônico; a criação de diversos tipos populares e a interpretação que deles faz, em programas escritos por Osvaldo Moles, faz do sambista um homem de relativo sucesso. Embora impagáveis esses programas não consigam segurar por muito tempo ainda o compositor que teima em aparecer em Adoniran. Entretanto, é a partir desses programas que o grande sambista encontra a medida exata de seu talento, em que a soma das experiências vividas e da observação acurada dá ao país um dos seus maiores e mais sensíveis intérpretes.

CONTINUA. . .


Nota do Blogueiro!

Deixei esse ar de mistério nesse post, pois no próximo estou preparando outro capitulo da história desse ícone do Samba Paulista e por que não Mundial!

Irei destacar mais a fase dos sucessos desse grande compositor do nosso Interior Paulista!


VIVA ADONIRAN, VIVA A NOSSA MPB


by Gabriel Lennon



Fonte: Wikipédia

Entrevista de Adoniran na TV Cultura em 1972

Livro A Canção do Tempo

Site Ao Chiado Brasileiro (Museu da MPB)




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